sábado, 7 de novembro de 2015

“É o suficiente para o discípulo ser como o seu mestre.” (Mateus 10.25)



Ninguém contesta essa afirmação, pois seria impróprio para o servo ser exaltado acima de seu Mestre.

Quando nosso Senhor estava na terra, qual foi o tratamento que ele recebeu?
Foram suas reivindicações reconhecidas? Suas instruções seguidas, suas perfeições adoradas, por aqueles a quem ele veio para abençoar? Não. “Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens.”
Fora do arraial era o seu lugar: carregar a cruz era a sua ocupação.
O mundo lhe deu consolo e descanso? “As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.”
Este mundo inóspito não lhe proporcionou qualquer abrigo: ele o expulsou e o crucificou. Do mesmo modo – se você é um seguidor de Jesus, e mantém uma consistente, caminhada e conversação cristã – você deve esperar ter uma parte de sua vida espiritual que, em seu desenvolvimento público, estará sob a observação dos homens. Eles vão tratá-lo como eles tratavam o Salvador – eles irão desprezá-lo. Não sonhe que estes que amam o mundo vão admirá-lo, ou que por mais santo e mais semelhante a Cristo que você seja, mais as pessoas vão agir pacificamente em relação a você.
Eles não valorizaram a gema polida, e como eles valorizariam a joia bruta? “Se eles chamaram o dono da casa de Belzebu, quanto mais eles chamariam os seus domésticos?”
Se formos mais semelhantes a Cristo, seremos mais odiados por seus inimigos. Seria uma triste desonra para um filho de Deus ser o favorito do mundo. É um presságio muito ruim ouvir um mundo perverso batendo palmas e clamando: “Muito bom” para o homem cristão. Ele pode começar a olhar para o seu caráter, e maravilhar-se se não tem feito algo de errado, quando o injusto lhe dá a sua aprovação. Sejamos fiéis ao nosso Mestre, e não sejamos cúmplices de um mundo cego e ímpio que lhe despreza e rejeita.
Longe de nós a buscar uma coroa de honra, onde nosso Senhor encontrou uma coroa de espinhos.

Texto de autoria de Charles Haddon Spurgeon, traduzido e adaptado pelo Pr Silvio Dutra.

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